Por medo de superbactéria, especialistas pedem para que donos evitem dormir com seus cães

Por medo de superbactéria, especialistas pedem para que donos evitem dormir com seus cães
Por medo de superbactéria, especialistas pedem para que donos evitem dormir
com seus cães (Foto: Kevin Turcios/Unsplash)

Os donos de cães estão sendo orientados a não compartilharem a cama com seus animais de estimação após a disseminação de uma ‘superbactéria intratável’.

+Conheça Sam, o cão herói que luta pela natureza com seus superpoderes
+Gatos selvagens estão dizimando a população de iguanas nas Ilhas Virgens Britânicas
+Vídeo hilário: cão golden retriever tenta ensinar bebê a usar brinquedos

O gene mcr-1, que se acredita ser transmitido de animais para pessoas, construiu uma resistência a antibióticos, ou seja, é menos provável que seja morto pelo medicamento que normalmente combate infecções, de acordo com relatórios científicos.

É um problema crescente pelo uso excessivo de antibióticos por pessoas em todo o mundo, ao longo das últimas décadas. Superbactérias resistentes a antibióticos agora matam cerca de 700.000 pessoas em todo o mundo, e a ONU alertou que esse número pode disparar para 10 milhões até 2050, informa o The Mirror.

Especialistas alertam para um cenário em que os humanos podem pegar o bug mcr-1, identificado pela primeira vez pela China em 2015. Os cães podem abrigar mcr-1 no intestino antes de ser transportado através de partículas fecais microscópicas.

Um estudo da Universidade de Lisboa descobriu que em dois dos lares onde os cães tinham infecções nos tecidos, o gene estava presente tanto no cão como em seu dono. Amostras fecais foram coletadas de 126 pessoas saudáveis ​​que viviam com 102 cães e gatos em 80 domicílios, durante um período de dois anos.

Verificou-se que oito dos cães e quatro humanos estavam hospedando bactérias, incluindo mcr-1. Os resultados também apontaram que três dos cães pareciam saudáveis ​​e os outros tinham infecções nos tecidos ou no trato urinário. Os resultados foram apresentados no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Conferência de Doenças Infecciosas.

Especialistas também disseram aos participantes que as regiões agrícolas, particularmente nos países do sul da Europa que usam a colistina, terão menos probabilidade de contrair o gene mcr-1. A doutora Juliana Menezes, que liderou a pesquisa, explicou: “A colistina é usada quando todos os outros antibióticos falharam, é um tratamento crucial de último recurso”, começou dizendo.

Se bactérias resistentes a todos os medicamentos adquirissem esse gene de resistência, elas se tornariam intratáveis, e esse é um cenário que devemos evitar a todo custo. Sabemos que o uso excessivo de antibióticos gera resistência e é vital que sejam usados ​​com responsabilidade, não apenas na medicina, mas também na medicina veterinária e na agricultura”, concluiu.

Back to top